Somos bombardeados, diariamente, com um volume de informações nunca antes registrado na história da humanidade. Certamente, o volume de informações a ser processado por cada pessoa que habita o planeta, neste exato momento, é centenas de vezes maior do que o recebido há poucos anos atrás. No mundo corporativo é impressionante a quantidade de informações armazenadas pelas empresas. Infelizmente, na grande maioria das vezes, as empresas não fazem bom uso do conhecimento.

Pesquisa recente realizada pela consultoria EIU (Economist Intelligence Unit) com 580 executivos, de várias empresas no mundo, apontou que apenas 18% dos executivos admitiram ter coletado e analisado informações de forma estruturada.

Os desafios da gestão do conhecimento que se apresentam para as empresas usuárias, para as empresas de tecnologia da informação e para o profissionais da área de tecnologia precisam ser entendidos e superados.

Tanto para as companhias como para as empresas de tecnologia da informação,

Para as empresas de tecnologia o desafio é produzir meios de armazenamento (tanto físicos como lógicos) que possibilitem o armazenamento de um gigantesco volume de informações a custos aceitáveis. Além disso, devem oferecer acesso, recuperação e processamento destas informações em velocidades cada vez maiores. O volume de informações aumenta exponencialmente e a velocidade de processamento deve diminuir numa razão inversamente proporcional.

Para as empresas usuárias, o grande desafio é ter a capacidade de armazenar informações com qualidade e comprar ou desenvolver produtos de software que tratem as informações inseridas em seus bancos de dados. Caso contrário, os dados coletados apenas se acumulam, perdem confiabilidade, não apoiam a gestão da empresa e trazem custos sem benefícios.

Um estudo mostra que, em 2010, as empresas norte-americanas de mais de 1.000 funcionários armazenavam, cada uma, em média, mais que 200 terabytes de dados. A forma como os dados são trabalhados já começa a se mostrar como fator diferenciador no cenário de negócios. Casos citados no relatório da McKinsey mostram que algumas empresas conseguiram substanciais vantagens competitivas explorando de forma analítica e em tempo hábil o imenso volume de dados.

Para os profissionais de TI o desafio entender as demandas das empresas e absorver a ideia de que não basta apenas construir sistemas como se fazia há cinco ou dez anos, e sim imaginar arquiteturas mais complexas, variáveis cada vez mais difíceis de controlar e principalmente projetar e entregar artefatos de software que processem informações com alta performance e grau de assertividade.

O ideal será buscar otimizar todos os recursos existentes, sejam eles através de processamentos paralelos, máxima otimização no armazenamento, construção de algoritmos cada vez mais inteligentes e recuperação de dados sob pena de que os aplicativos passem horas ou dias processando um numero cada vez maior de informações.

O cenário é desafiador, pois, se por um lado a tecnologia nos permite cada vez mais recursos poderosos, por outro, os desafios, a complexidade e demanda por investimentos são crescentes

Autor: Wagner Xavier é diretor de desenvolvimento e suporte da Prosoft Tecnologia e professor de Gerenciamento de Projetos e Sistemas de Informações

Fonte http://www.administradores.com.br

O texto foi adaptado