A agropecuária precisa, rapidamente, se encaixar na evolução tecnológica que vem ocorrendo para conseguir aproveitar todo o seu potencial.  Foi isso que afirmou o membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Professor do Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM, Coriolano Xavier, ao se referir sobre a chamada "agricultura de quarta geração".

De acordo com Xavier, atualmente a tecnologia vem disponibilizando vários mecanismos que facilitam a vida do agricultor e colaboram diretamente com o aumento da produção, como máquinas, aplicativos e robôs inteligentes, por exemplo. Para ele, é essencial que não se perca tempo ao imergir o setor agrícola no meio digitalizado e tecnológico a fim de evitar  correr o risco de não conseguir mais o entendimento necessário para tal.

"O talento já existe no ambiente do agro, como mostram startups brasileiras AgTech e produtores que ingressaram com sucesso nessa nova fronteira de gestão. Como diz a sabedoria mineira: é um trem 'bão', mas não espera ninguém e vai ser difícil alcançar depois", escreveu.

Um estudo da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que contou com a participação de 200 empresas de diversos setores, incluindo o agropecuário, mostrou que 63% delas utilizam sistemas ligados a inteligência artificial e 35% planejam adotar a tecnologia em um futuro próximo. Segundo o especialista, essas inovações podem trazer inúmeros benefícios para a produção agrícola a nível mundial.

"Operações agrícolas com milhares de hectares podem ser automatizadas de ponta a ponta, como se fossem uma operação industrial de grande escala. As novas tecnologias digitais podem trazer grandes transformações nos sistemas de produção do agro, pois conectam o mundo físico ao mundo virtual", finalizou Xavier.

Por: AGROLINK - Leonardo Gottems

Texto adaptado

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