As organizações não estão sozinhas ou isoladas no mundo. Elas vivem e operam em um meio ambiente que lhes serve de nicho. E, para serem bem-sucedidas, as organizações obtêm, deste mesmo ambiente, seus insumos e recursos, isto é, as suas entradas que lhes proporcionam talentos, energia, materiais e informação. Neste ambiente, também são colocados os produtos ou serviços, isto é, as saídas do sistema organizacional.


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Sistema Organizacional

Na verdade, as organizações retiram insumos do ambiente que retornam a ele como produtos ou serviços através da atividade organizacional. Nesse sentido, as organizações funcionam como sistemas, isto é, como conjuntos integrados de atividades que agregam valor e criam riqueza. Mais do que isso, elas servem à sociedade e satisfazem necessidades variadas convertendo insumos em resultados como produtos e serviços.

Figura 1

Fig.1: A organização como um sistema aberto em um meio ambiente. Fonte: CHIAVENATO, 2004.

Ambientes Organizacionais

Ambiente é tudo aquilo que envolve externamente uma organização. Como o ambiente é vasto, amplo, difuso e complexo, sua análise exige uma separação entre o ambiente geral (macroambiente) e o ambiente mais específico de cada organização, que é o seu ambiente de tarefa (microambiente).

- O ambiente geral é constituído de fatores econômicos, sociais, tecnológicos, legais, culturais, demográficos e ecológicos que influenciam todas as organizações.

Figura 2

Fig.2: O ambiente geral como um campo dinâmico de forças. Fonte: CHIAVENATO, 2004.

- O ambiente de tarefa é constituído pelos fornecedores (entradas), clientes (saídas), concorrentes e agências reguladoras. Em termos de constituição, o ambiente de tarefa pode ser homogêneo (componentes com as mesmas características de entorno) ou heterogêneo (componentes com diferentes características). Em termos de dinâmica, o ambiente de tarefa pode ser estável e previsível, ou instável e mutável.

Figura 3

Fig.3: O ambiente específico da organização. Fonte: CHIAVENATO, 2004.

Dinamismo do Ambiente

O ambiente é uma fonte de recursos e oportunidades de onde a organização extrai os insumos necessários ao seu funcionamento e subsistência. Mas é também uma fonte de restrições, limitações, coações, problemas, ameaças e contingências para a sua sobrevivência.

Figura 4

Fig.4: O macroambiente e o microambiente da organização. Fonte: CHIAVENATO, 2004.

A resposta empresarial às diversas forças ambientais realimenta o processo de uma maneira positiva ou negativa, fazendo com que a organização identifique e aprenda a comportar-se diante de uma multiplicidade de forças ambientais diferentes, de modo a saber aproveitar o embalo das forças favoráveis e evitar o impacto das forças desfavoráveis para manter sua sobrevivência e seu crescimento. Por essa razão, o mapeamento ambiental ganhou muita importância para as organizações que desejam ser bem-sucedidas no aproveitamento de oportunidades e vantagens e no jogo de cintura para se livrar ou escapar das ameaças e restrições ambientais.

Figura 5

Fig.5: Mapeamento do ambiente de tarefa. Fonte: CHIAVENATO, 2004.

Quando os fatores ambientais são poucos e relativamente estáveis, os administradores experimentam baixo grau de incerteza e dedicam menor atenção aos assuntos ambientais. Mas, quando os fatores ambientais mudam rapidamente, as organizações experimentam alto grau de incerteza. E, para lidar com a incerteza, elas procuram agir através de duas formas de comportamento: adaptar-se ao ambiente ou influenciá-lo.

Figura 6

Fig.6: Respostas organizacionais às mudanças ambientais. Fonte: CHIAVENATO, 2004.

Análise

O ambiente funciona como um campo dinâmico de forças que interagem entre si provocando mudanças e influências diretas e indiretas sobre as organizações. Essas procuram aproveitar as influências positivas, embarcando nas oportunidades que surgem, e procuram amortecer e absorver as influências negativas ou simplesmente adaptar-se a elas. Para que as organizações possam ser bem-sucedidas, é mister que elas se ajustem e se adaptem aos seus ambientes. Para tanto, elas utilizam certas estratégias para adaptar-se ou influenciar as demandas ambientais.

Conceitos-chave

- AGÊNCIAS REGULADORAS: São os elementos do microambiente que regulam, normatizam, monitoram, avaliam ou fiscalizam ações.

- CONDIÇÕES CULTURAIS: É o segmento ambiental que contém os elementos relacionados com os valores sociais e culturais que prevalecem na sociedade.

- CONDIÇÕES DEMOGRÁFICAS: É o segmento ambiental que descreve as características estatísticas de uma população.

- CONDIÇÕES ECOLÓGICAS: Representam o estado geral da natureza e condições do ambiente físico e natural, bem como a preocupação da sociedade com o meio ambiente.

- CONDIÇÕES ECONÔMICAS: É o segmento ambiental que define como os recursos estão sendo distribuídos e utilizados dentro do ambiente. Envolvem o estado geral da economia e outros indicadores relacionados com fenômenos econômicos.

- CONDIÇÕES LEGAIS: É o segmento ambiental que contém os elementos relacionados com assuntos governamentais.

- CONDIÇÕES SOCIAIS: É o segmento ambiental que define as características da sociedade na qual a organização existe.

- CONDIÇÕES TECNOLÓGICAS: É o segmento ambiental que inclui o desenvolvimento e aplicações da tecnologia na produção de bens e serviços.

- HETEROGENEIDADE AMBIENTAL: Ocorre quando componentes do ambiente de tarefa apresentam características diferentes.

- HOMOGENEIDADE AMBIENTAL: Ocorre quando os componentes do ambiente de tarefa apresentam características semelhantes.

- MAPEAMENTO AMBIENTAL: É o levantamento das condições e componentes do ambiente que são relevantes para a organização.

- SISTEMA ABERTO: É o sistema que interage intensamente com o ambiente através de múltiplas entradas e saídas, afetando-o ou sendo afetado por ele.


Referência

Chiavenato, I. (2004). Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Elsevier.