Mulheres ganham espaço e conquistam cargos de liderança em startups brasileiras focadas em inovação e tecnologia - Mariana Vasconcelos, Márcia Malaquias, Priscila Sabará e Luciana Caletti são empreendedoras brasileiras que estão se destacando num setor ainda dominado pelos homens: as startups de tecnologia e inovação. A força de trabalho predominante nessas empresas ainda é majoritariamente masculina, 74% do total, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), feita em parceria com a consultoria Accenture e divulgada em matéria do Estadão.

A batalha é árdua. Os homens, além de somarem grande parte do setor, ainda recebem um volume maior de investimentos em comparação com as mulheres. Apesar disso, um estudo, realizado pelo The Boston Consulting Group (BCG), constatou que startups fundadas por empresárias são as que mais faturam.

 

 

 

Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart/Reprodução Facebook

Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart/Reprodução Facebook

 

MARIANA VASCONCELOS – AGROSMART

Apesar das adversidades, pouco a pouco os tabus vem sendo quebrados, os preconceitos vencidos e as mulheres vão conquistando o merecido espaço em suas áreas de negócio. Foi o que aconteceu com a jovem mineira Mariana Vasconcelos, que aos 27 anos é CEO da Agrosmart, uma startup que desenvolve soluções para o agronegócio.

A agritech de Mariana, que se inspirou nas dificuldades enfrentadas por seus pais ao gerir uma pequena propriedade rural em Itajubá, no interior de Minas Gerais, está entre as mais inovadoras do mundo e foi uma das escolhidas pelo Fórum Econômico Mundial para integrar o Centro de Inovação e Empreendedorismo da entidade por um período de dois anos – mesmo mérito já conquistado por empresas como Google, Airbnb, Mozilla, Spotify e Twitter. Recentemente, Mariana foi eleita pelo MIT como uma das 35 jovens mais inovadoras da América Latina.

Com a tecnologia desenvolvida pela Agrosmart é possível monitorar em tempo real, com o uso de qualquer dispositivo móvel, mais de 14 variantes ambientais. “Desenvolvemos um modelo agronômico customizado que é uma combinação de genética, clima e solo. Baseados nesses fatores, ajudamos o produtor a tomar decisões”, disse Mariana em entrevista ao Correio Braziliense.

 

Márcia Malaquias, cofundadora da Alluagro/Reprodução do site da empresa

Márcia Malaquias, cofundadora da Alluagro/Reprodução do site da empresa

 

MÁRCIA MALAQUIAS - ALLUAGRO

Márcia Malaquias é outra empreendedora que se destaca no ambiente predominantemente masculino do agronegócio.

Diretora de operações e cofundadora da Alluagro, uma startup que usa geolocalização para conectar donos de máquinas agrícolas e produtores rurais, ela não se incomoda com o fato de ser minoria em sua área. “Acho que a mulher tem uma capacidade extraordinária de inovar e de gerenciar negócios, pois somos naturalmente multitarefa. Ao entrar no mercado, vi que não era tão complicado”, disse em matéria publicada no Estadão.

 

  

Priscila Sabará, fundadora da Foodpass/Reprodução Instagram

Priscila Sabará, fundadora da Foodpass/Reprodução Instagram

 

PRISCILA SABARÁ - FOODPASS

Inovação também está por trás da Foodpass, startup da nutricionista Priscila Sabará, que faturou R$ 1,5 milhão em 2015 com a venda de experiências gastronômicas criativas.

“Algumas mulheres não acreditam em sua capacidade de fazer negócio. Acho que isso vem de um abuso de poder. A gente tem que desconstruir, batalhar por eficiência, profissionalismo e não ser um objeto sexual. Acho que esse é um lugar importante para a mulher conquistar”, declarou Priscila em matéria da Agência Brasil.

 

 

Luciana Caletti, cofundadora e CEO da Love Mondays/Reprodução Facebook

Luciana Caletti, cofundadora e CEO da Love Mondays/Reprodução Facebook

 

LUCIANA CALETTI – LOVE MONDAYS

E foi isso o que fez Luciana Caletti, cofundadora e CEO da Love Mondays, plataforma que reúne avaliações de salários e ambientes de trabalho em grandes corporações e startups, com base em informações dos funcionários das empresas. Ela acreditou em si mesma e conquistou seu espaço. Com uma base de mais de 3 milhões de profissionais cadastrados e uma carteira de clientes em que se destacam empresas como B2W, Oracle, Ambev, Buscapé e Avon, o sucesso da Love Mondays fez com que, em 2016, apenas dois anos após o lançamento, a plataforma fosse adquirida pela norte-americana Glassdoor.

 

 

Fonte: https://www.bayerjovens.com.br/pt/materia/?materia=empreendedoras-20