O IDEAGRI firma parceria com o UNILEITE. A partir de agora, o IDEAGRI será o sistema de gestão adotado para o trabalho realizado pelo projeto. Nascido em 2002, o Projeto de Controle de Mastite e Melhoria da Qualidade do Leite (Unileite) da Escola de Veterinária da UFMG comemora, em 2012, dez anos de existência. O Unileite atua na área de melhoria da qualidade do leite, controle de mastite em rebanhos e bovinos leiteiros de Minas Gerais, baseando-se em treinamento de mão de obra, em parceria com a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (Itambé), a MSD Saúde Animal e a DeLaval.

Os estudantes, membros do UNILEITE, participaram de treinamento prático sobre o uso do IDEAGRI, para que possam tirar o máximo proveito das funcionalidade do sistema.

Unileite

Treinamento prático da equipe, ministrado pelo IDEAGRI

Saiba mais sobre o UNILEITE

No UNILEITE, os estudantes são conectado ao trabalho em campo, em prol da promoção do seu amadurecimento pessoal, profissional e técnico. “O estudante tem uma grande dificuldade de se inserir no mercado de trabalho quando sai da Universidade. Pela falta de conexão direta entre a Universidade e o ambiente de trabalho. É uma transição um tanto quanto abrupta e pensando no pilar “ensino”, o Unileite tem o compromisso de melhorar a conexão entre o ensino teórico e a prática em campo”, diz o professor Lívio Ribeiro Molina professor do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias e coordenador do projeto.

Há também um compromisso técnico: “Nós nos reunimos periodicamente em seminários técnicos, abertos à comunidade acadêmica da Escola onde discutimos temas ligados a qualidade do leite, que é a espinha dorsal do projeto. De maneira que os estudantes se comprometem a estudar determinados assuntos, formatar apresentações e, trazer à luz da comunidade acadêmica, sob a forma de seminários. Isso favorece a retórica, a oratória, o domínio de público e a capacitação técnica”, explica Lívio.

O Projeto é desenvolvido em duas macrorregiões, nas quais são escolhidas oito fazendas em cada. Ao longo de um ano, cada propriedade recebe uma visita mensal da equipe do projeto, que colhe amostras de leite para análises. Tais amostras geram um banco de dados que é processado sob a forma de gráfico e, consequentemente, gerado um relatório de aferição, de pontos a serem melhorados e pontos a serem preservados, que na próxima visita será discutido com toda a equipe da fazenda, gerando um novo banco de dados, novos relatórios e discussões, e assim, sucessivamente, até o encerramento do ciclo.

“Com isso temos uma meta de 5% de melhoria mensal dos resultados gerados. Dessa maneira, no período de um ano, esperamos a redução dos comprometedores da qualidade do leite em 60%”, notifica o professor.

Durante o dia na fazenda, o estudante participante do projeto acompanha as ordenhas, observando como são executados os procedimentos, com foco específico na produção de um leite dentro de um padrão de excelência. No intervalo entre as ordenhas é formalizada uma reunião com a equipe da fazenda, na qual os alunos do Unileite criam estratégias de treinamento para os funcionários, permitindo que estes adquiram massa crítica e técnica.

“O ponto chave do Unileite é a formação de pessoas, a multiplicação de talentos, a distribuição de dons. Nos preocupamos com a formação pessoal do estudante envolvido no projeto. Esse estudante, por sua vez, é um mensageiro da informação técnica, da Universidade até o chão da fazenda. Através do Projeto, o estudante democratiza o saber, permitindo a formação de uma massa crítica de grande capilaridade informacional regional. É uma oportunidade de melhoria das nossas condições: a Indústria vai receber um leite de melhor qualidade, o produtor vai receber mais pelo leite comercializado e o consumidor vai ter um produto absolutamente garantido do ponto de vista de saúde”, conclui o coordenador do Unileite.

O Unileite busca diminuir a disparidade entre o domínio de saberes técnicos no campo e na Universidade. O objetivo é, portanto, um compromisso social.