Na busca pela máxima qualidade de sua matéria prima, a Cooperativa Piá, cliente e parceira IDEAGRI, iniciou o projeto “Coleta Automática de Leite”, que consiste na coleta de leite dos seus cooperados através da medição eletrônica do volume do produto, da coleta automática de amostras e da informatização dos dados da rota via GPS-R. Confira os detalhes do projeto.

PROJETO ‘COLETA AUTOMÁTICA DE LEITE’

Utilizando um equipamento com tecnologia de ponta da empresa alemã Bartec, que tem atuação mundial, a Cooperativa Piá iniciou a execução do projeto por meio de um caminhão que coleta leite de uma das suas rotas. O presidente da Piá, Gilberto Kny, destaca que essa tecnologia já é utilizada em toda a Europa e também em países como Argentina e Uruguai. “Estamos realizando investimentos neste projeto, pois queremos estar alinhados e modernizados com os processos mundiais que garantem a qualidade no leite”, afirma.

FUNCIONAMENTO E GANHOS IMEDIATOS

Instalado ente a cabine do veículo e o tanque rodoviário, a tecnologia deste equipamento tem possibilitado muitos ganhos em performance e também no controle de qualidade, quando comparado com o processo tradicional de coleta de leite nas propriedades. Na medição eletrônica, além da precisão, ganha destaque a melhora nos aspectos rotineiros da coleta, como a não interferência humana e a não interferência do nivelamento do resfriador e da régua de leitura.

A coleta automática das amostras proporciona uma maior confiabilidade, tanto na amostragem quanto no manuseio. A amostragem é feita eletronicamente de maneira proporcional ao volume coletado, ou seja, representa do início da coleta até o fim, independentemente do volume do produtor.

O manuseio destas amostras acontece por processo mecânico, sem a participação do motorista. O sistema procede de forma automática, acondicionando-as numa geladeira específica, lacrada, com acesso permitido somente pelos funcionários do laboratório do laticínio. “A única pessoa com permissão para abrir o equipamento e retirar as amostras é o técnico do laboratório. É ele que faz todas as análises e, através dos resultados, monitora a qualidade do leite”, explica o gerente dos postos de resfriamento da Piá, Everton Carbone, que completa: “É um processo seguro onde a Cooperativa consegue ter uma gestão mais eficaz”.

A informatização dos dados se dá através da transmissão via GPS-R, podendo já ocorrer logo após a coleta, ainda na propriedade do produtor. O sistema permite trabalhar com informações de volume coletado, temperatura do leite, horário de coleta, identificação do produtor através de coordenadas geográficas, itinerário da rota – ponto de localização e distâncias, frequência de coleta, entre outros fatores.

Para Kny, outro ponto positivo da “Coleta Automática de Leite”, além da precisão da litragem e das amostras individuais e idôneas que fazem justiça a qualidade do produtor e não permitem desvio ou fraude, é a agilidade. “Se antes o transportador necessitava de seis a sete horas para fazer a coleta na rota, certamente ele vai diminuir esse tempo em 20%, pois não precisa mais anotar os dados. Ele só precisa manusear a máquina que fará todo o trabalho com automatização e precisão”.

RECEPTIVIDADE NO CAMPO E APLICAÇÃO PRÁTICA

Segundo o engenheiro agrônomo da Cooperativa, Cristiano Spohr, os transportadores têm demonstrado boa aceitação à tecnologia, pois ela melhorou a credibilidade e a transparência na relação com o produtor.

Todas as informações captadas possibilitam a geração de relatórios de inconsistência. “A partir do uso desta tecnologia, temos um histórico do produtor e um controle maior da rota e dos processos que estão sendo realizados. É um grande ganho, pois estamos agindo preventivamente para obter a qualidade do leite, o que, por consequência, confere maior segurança alimentar para nossos clientes”, finaliza Carbone.

Fonte: http://www.agrolink.com.br/noticias/NoticiaDetalhe.aspx?codNoticia=345307